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A intenção é o ponto de partida

Podemos olhar para a cena como uma questão pontual: “como podemos contribuir para que ocorram conversas com mais respeito e tolerância?” Mas também podemos nos distanciar um pouco, ampliar nosso “zoom” e tentar vê-la num quadro maior: “Como a escola pode se constituir em uma comunidade democrática?”

É a partir desse olhar que convidamos você, educadora e educador, para uma jornada pela Educação para Democracia. O ponto de partida dessa viagem é a intenção. Educar para democracia, no contexto escolar, é algo que não deve acontecer por acaso, de forma não planejada. É o desenvolvimento intencional de uma maneira de ver o papel da escola para a manutenção e o aprimoramento da democracia, entendendo que a construção da cidadania democrática é um processo coletivo de conquistas e aprendizados.

Três guias marcam o roteiro dessa viagem:

  • Educar para democracia é mais sobre praticar do que sobre ensinar;
  • Parte necessariamente do envolvimento com o coletivo;
  • É uma prática em que educadores(as), educandos(as) e comunidade escolar têm fortalecida sua cidadania democrática.

“O objetivo da educação para democracia é a construção de uma identidade social que abrace os compromissos cívicos e políticos para atuar por uma sociedade melhor”. (Kahne & Middaugh, 2008¹)

“São cada vez mais escassos os espaços para exercer o direito a uma autêntica cidadania, a uma convivência democrática, conduzindo-nos a um sistema de democracia formal mercantilizada e televisionada, com claras diferenças sociais e com setores da população vivendo totalmente excluídos do Estado de Direito e da convivência democrática. Nesse cenário, ao invés de cidadãos, querem nos converter em meros espectadores-clientes, substituindo o viver pelo consumir, o decidir, pelo delegar.”
Xérus R. Jares (Trecho do livro “Pedagogia da Convivência”, Ed. Palas Athena, 2008)